O Outubro Rosa é um conhecido movimento internacional de conscientização e prevenção do câncer de mama – doença que, segundo o INCA, é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, sendo a mais frequente em quase todas as regiões do país.
Neste ano, em razão da pandemia de covid-19, muitas mulheres deixaram de fazer exames de rotina e isso é preocupante, afinal, com um rastreamento mais eficaz, há chance de reduzir o alto índice de pacientes com estágio avançado da doença.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Mastologia relembra e reforça o principal pilar: prevenção.
Vamos falar um pouco mais sobre isso?
Primeiros Passos Preventivos
Quanto antes adotarmos um estilo de vida mais saudável, melhor.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), entre as medidas que contribuem para prevenir o câncer de mama, estão a adoção de comportamentos protetores, como:
- Seguir uma alimentação saudável
- Praticar atividades físicas com regularidade
- Evitar bebidas alcoólicas
- Manter o peso adequado
Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença.
Diagnóstico Precoce
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. No entanto, muitas pessoas, por medo ou desinformação, evitam o assunto e acabam atrasando o diagnóstico. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer para que a doença deixe de ser vista como uma sentença ou um mal inevitável e incurável.
Ainda sob referência do INCA, atualmente não se recomenda apenas o autoexame das mamas como técnica para rastreamento do câncer de mama, por não ser capaz de identificar lesões pré-malignas e lesões muito pequenas, ou seja, não é possível ter um diagnóstico quando elas podem ser tratadas mais facilmente. Entretanto, a conscientização das mulheres no conhecimento do seu corpo e no reconhecimento de alterações suspeitas para procura de um serviço de saúde o mais cedo possível permanece sendo importante para o diagnóstico precoce.
Além disso, o autoexame não substitui a visita regular ao seu médico. A realização de exames complementares será sempre conforme avaliação e recomenda-se a realização da mamografia entre 50 e 69 anos de idade, a cada dois anos, caso não apresente alterações.
Alguns Fatores de Risco:
- Primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 55 anos
- Não ter tido filhos, ou primeira gravidez após os 30 anos
- Não ter amamentado
- Ter feito uso de contraceptivos por tempo prolongado, e reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de 5 anos
A presença de um ou mais desses fatores não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
Vale a atenção a…
- Nódulo (caroço) fixo e, geralmente, indolor
- Mudança na posição ou formato do mamilo
- Vermelhidão, retração ou aparência de casca de laranja na pele do seio
- Saída espontânea de líquido pelo mamilo
- Caroços no pescoço ou axilas
Homens também precisam ficar atentos!
Apesar de representar uma rara porcentagem de 1% dos casos, homens também podem ser acometidos com o câncer mamário, alerta o INCA. Normalmente, ele aparece em homens mais velhos, acima dos 60 anos, e pode ser mais frequente em pacientes cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama (mesmo que em mulheres) e câncer de ovário.
Diagnóstico: Justamente por ser mais raro, não existe rastreamento de câncer de mama (ou seja, não é realizado mamografia de rotina neles), a não ser que cheguem ao médico com alguma queixa na mama. Portanto, o mais importante: que cada homem preste atenção ao seu corpo.
Qualquer alteração notável, procure seu médico!
Importante!
Estar bem informado é o primeiro passo. É preciso atenção às pessoas de baixa escolaridade e sem acesso à mamografia. Compartilhe o que sabe com mulheres que talvez não tenham essa orientação.
Preste sempre atenção a alterações suspeitas nas mamas e procure uma unidade de saúde caso observe mudanças.
Quem procura, acha! Acha saúde, opções de tratamento e maiores chances de cura!
Câncer de mama: cuidar da sua saúde é um gesto de amor à vida.
Fontes: INCA (Instituto Nacional de Câncer) e SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia)
Conteúdo produzido pela equipe de Gestão de Saúde da MDS Brasil
Responsável Técnico: Claudio Albuquerque, Diretor Médico da MDS Brasil – CRM 188683