Importância da Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância 

44

Importância da Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância 

44 visualizações

Você sabia que a violência infantil no Brasil é um grave problema de saúde pública? Ela é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes a partir dos 5 anos de idade. 

Para se ter um parâmetro, em 2019 foi divulgado, pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que diariamente no Brasil é registrada uma média de 233 agressões. Nesses dados estão agressões físicas, psicológicas e tortura contra crianças e adolescentes até 19 anos.  

É importante destacar que a violência infantil não consiste apenas em agressões físicas. Ela é muito mais que isso e provoca impacto sem igual no desenvolvimento da criança e adolescente, deixando marcas mentais, emocionais e físicas para a vida adulta.  

Assim, são necessárias ações públicas para conscientizar a população sobre esse problema, especialmente quando ele acontece na primeira infância, etapa fundamental para a formação de um adulto pacífico e para a convivência em sociedade. Por isso, desde 2007, no Brasil existe a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, que vai de 12 a 18 de outubro. 

Veja mais sobre esse assunto neste conteúdo, entenda a importância dessa semana e saiba o que pode ser considerado violência infantil e como agir nesses casos!  

O que é considerado violência infantil? 

Qualquer ação que viole os direitos da criança e do adolescente, pode ser considerada violência infantil, como:  

  • Agressão física: incluindo, além de socos e espancamento, a falta de alimentação e de higiene; 
  • Agressão afetiva: assédio moral, confinamento, restrição ao acesso à escola, negligência e abandono;  
  • Assédio, violência e exploração sexual, não necessariamente se concretiza com estupro, portanto, muitas vezes, não deixa marca física; 
  • Trabalho infantil e escravidão.  

Além disso, os casos de negligência, muitas vezes, não recebem a atenção merecida, sendo também um tipo de violência e pode deixar marcas mais graves do que a da violência física.  

Isso porque os danos psicológicos causados na criança negligenciada atingem tanto o desenvolvimento mental e emocional quanto o físico. Portanto identificar casos de negligência é essencial, e, para isso, é preciso saber no que ela consiste 

A negligência significa: “Relação entre adultos e crianças baseada na omissão, rejeição, descaso, descompromisso do cuidado e do afeto e negação da existência”.  

Como identificar a violência infantil?  

Saber identificar é muito importante para poder ajudar a vítima. Nesse sentido, profissionais com contato constante com crianças e adolescentes, como profissionais da saúde e educadores, devem estar muito atentos a essa situação.  

Contudo, todas as pessoas da sociedade devem saber identificar casos de violência infantil para buscar ajuda sempre que preciso. 

Veja alguns sinais que podem identificar situações de violência: 

  • Alterações do comportamento da criança ou adolescente, como agressividade, atitudes destrutivas e/ou suicidas, furtos, timidez excessiva, dificuldade de relacionamento, necessidade extrema de atenção e afeto, queda do rendimento escolar, fobias, pesadelos, fuga de casa, rituais compulsivos, aversão a adultos e sexualização extrema; 
  • Primeira consulta médica tardia ou levada por pessoas que não são os pais;  
  • Não querer ser examinada por um profissional de saúde;  
  • Marcas e machucados em locais não usuais, como pescoço, genitais, nádegas e sangramento ocular; 
  • Hematomas, fraturas e queimaduras frequentes.  

Além disso, o profissional de saúde é obrigado a notificar todo caso de suspeita ou de violência evidente.  

A violência infantil acaba sendo agravada pela falta de denúncia e pelo silêncio presente nos lares. O lar é para ser um local seguro para a criança e ao adolescente, mas muitas vezes torna-se um lugar privilegiado para a prática de maus-tratos.  

Inclusive, frequentemente, a mãe da criança tem conhecimento ou sente que alguma violência está acontecendo, mas se cala por medo ou por não aceitar essa realidade. Também ocorre de a criança tentar denunciar alguma violência para a mãe, que não acredita ou finge não acreditar para proteger o abusador ou evitar uma cisão familiar.  

Ou seja, em diversos casos, a criança que está sendo vítima de violência precisa do olhar atento de pessoas de fora do convívio familiar para que a denúncia seja feita. 

O que fazer nesses casos?  

Diversas atitudes podem ajudar as crianças e adolescentes que sofrem ou sofreram algum tipo de violência. Veja a seguir: 

  • Não tenha medo de denunciar diante de qualquer suspeita. A denúncia é anônima por meio do Disque 100, e a ligação é gratuita; 
  • Não culpe a vítima; 
  • Mostre que ela não está sozinha; 
  • Acreditar nos relatos espontâneos é fundamental, principalmente nos casos de crianças que sofrem abuso sexual, pois dificilmente uma criança consegue elaborar uma história falsa de abuso sexual;  
  • Deixe a criança falar dos seus sentimentos; 
  • Incentive a procura de ajuda profissional; 
  • Não crie expectativas que não possam ser cumpridas; 
  • Reforce as atitudes positivas;  
  • Incentive a autoconfiança;  
  • Respeite seu jeito de ser. 

Qual a importância da Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância? 

Diante do que foi trazido até aqui, fica claro como a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância é importante. Por meio desse tipo de ação, o poder público divulga informação e alerta a população, para que, cada vez mais, as crianças estejam protegidas contra qualquer ato de violência. 

A campanha foca principalmente o período da Primeira Infância, que vai de 0 a 6 anos. Nesse período, a criança está passando por um processo de formação das conexões neurais. Esse processo é influenciado tanto por fatores genéticos quanto ambientais, de modo que eles impactam o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso central. 

Isso quer dizer que as experiências que a criança vive durante a Primeira Infância são determinantes para a estrutura neural que vai desenvolver as habilidades socioemocionais, físicas e cognitivas de que ela necessitará para ter uma boa saúde mental e física durante toda a sua vida. 

Portanto, é essencial que o ambiente no qual a criança esteja crescendo seja saudável, enriquecedor e sem nenhum tipo de violência.  

Em nenhum caso a violência contra qualquer criança se justifica, uma vez que esses pequenos cidadãos dependem dos pais, de seus familiares ou, ainda, do poder público e da sociedade. 

Lembre-se: a omissão também é uma forma de violência. Denuncie!  

Referências: 

https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=781

https://www.mpsc.mp.br

https://www.unicef.org

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/150violencia_crianca.html

https://www.eumeprotejo.com

https://sp.unifesp.br/epe/caec/noticias/violencia-na-primeira-infancia

Você sabia que a violência infantil no Brasil é um grave problema de saúde pública? Ela é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes a partir dos 5 anos de idade. 

Para se ter um parâmetro, em 2019 foi divulgado, pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que diariamente no Brasil é registrada uma média de 233 agressões. Nesses dados estão agressões físicas, psicológicas e tortura contra crianças e adolescentes até 19 anos.  

É importante destacar que a violência infantil não consiste apenas em agressões físicas. Ela é muito mais que isso e provoca impacto sem igual no desenvolvimento da criança e adolescente, deixando marcas mentais, emocionais e físicas para a vida adulta.  

Assim, são necessárias ações públicas para conscientizar a população sobre esse problema, especialmente quando ele acontece na primeira infância, etapa fundamental para a formação de um adulto pacífico e para a convivência em sociedade. Por isso, desde 2007, no Brasil existe a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, que vai de 12 a 18 de outubro. 

Veja mais sobre esse assunto neste conteúdo, entenda a importância dessa semana e saiba o que pode ser considerado violência infantil e como agir nesses casos!  

O que é considerado violência infantil? 

Qualquer ação que viole os direitos da criança e do adolescente, pode ser considerada violência infantil, como:  

  • Agressão física: incluindo, além de socos e espancamento, a falta de alimentação e de higiene; 
  • Agressão afetiva: assédio moral, confinamento, restrição ao acesso à escola, negligência e abandono;  
  • Assédio, violência e exploração sexual, não necessariamente se concretiza com estupro, portanto, muitas vezes, não deixa marca física; 
  • Trabalho infantil e escravidão.  

Além disso, os casos de negligência, muitas vezes, não recebem a atenção merecida, sendo também um tipo de violência e pode deixar marcas mais graves do que a da violência física.  

Isso porque os danos psicológicos causados na criança negligenciada atingem tanto o desenvolvimento mental e emocional quanto o físico. Portanto identificar casos de negligência é essencial, e, para isso, é preciso saber no que ela consiste 

A negligência significa: “Relação entre adultos e crianças baseada na omissão, rejeição, descaso, descompromisso do cuidado e do afeto e negação da existência”.  

Como identificar a violência infantil?  

Saber identificar é muito importante para poder ajudar a vítima. Nesse sentido, profissionais com contato constante com crianças e adolescentes, como profissionais da saúde e educadores, devem estar muito atentos a essa situação.  

Contudo, todas as pessoas da sociedade devem saber identificar casos de violência infantil para buscar ajuda sempre que preciso. 

Veja alguns sinais que podem identificar situações de violência: 

  • Alterações do comportamento da criança ou adolescente, como agressividade, atitudes destrutivas e/ou suicidas, furtos, timidez excessiva, dificuldade de relacionamento, necessidade extrema de atenção e afeto, queda do rendimento escolar, fobias, pesadelos, fuga de casa, rituais compulsivos, aversão a adultos e sexualização extrema; 
  • Primeira consulta médica tardia ou levada por pessoas que não são os pais;  
  • Não querer ser examinada por um profissional de saúde;  
  • Marcas e machucados em locais não usuais, como pescoço, genitais, nádegas e sangramento ocular; 
  • Hematomas, fraturas e queimaduras frequentes.  

Além disso, o profissional de saúde é obrigado a notificar todo caso de suspeita ou de violência evidente.  

A violência infantil acaba sendo agravada pela falta de denúncia e pelo silêncio presente nos lares. O lar é para ser um local seguro para a criança e ao adolescente, mas muitas vezes torna-se um lugar privilegiado para a prática de maus-tratos.  

Inclusive, frequentemente, a mãe da criança tem conhecimento ou sente que alguma violência está acontecendo, mas se cala por medo ou por não aceitar essa realidade. Também ocorre de a criança tentar denunciar alguma violência para a mãe, que não acredita ou finge não acreditar para proteger o abusador ou evitar uma cisão familiar.  

Ou seja, em diversos casos, a criança que está sendo vítima de violência precisa do olhar atento de pessoas de fora do convívio familiar para que a denúncia seja feita. 

O que fazer nesses casos?  

Diversas atitudes podem ajudar as crianças e adolescentes que sofrem ou sofreram algum tipo de violência. Veja a seguir: 

  • Não tenha medo de denunciar diante de qualquer suspeita. A denúncia é anônima por meio do Disque 100, e a ligação é gratuita; 
  • Não culpe a vítima; 
  • Mostre que ela não está sozinha; 
  • Acreditar nos relatos espontâneos é fundamental, principalmente nos casos de crianças que sofrem abuso sexual, pois dificilmente uma criança consegue elaborar uma história falsa de abuso sexual;  
  • Deixe a criança falar dos seus sentimentos; 
  • Incentive a procura de ajuda profissional; 
  • Não crie expectativas que não possam ser cumpridas; 
  • Reforce as atitudes positivas;  
  • Incentive a autoconfiança;  
  • Respeite seu jeito de ser. 

Qual a importância da Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância? 

Diante do que foi trazido até aqui, fica claro como a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância é importante. Por meio desse tipo de ação, o poder público divulga informação e alerta a população, para que, cada vez mais, as crianças estejam protegidas contra qualquer ato de violência. 

A campanha foca principalmente o período da Primeira Infância, que vai de 0 a 6 anos. Nesse período, a criança está passando por um processo de formação das conexões neurais. Esse processo é influenciado tanto por fatores genéticos quanto ambientais, de modo que eles impactam o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso central. 

Isso quer dizer que as experiências que a criança vive durante a Primeira Infância são determinantes para a estrutura neural que vai desenvolver as habilidades socioemocionais, físicas e cognitivas de que ela necessitará para ter uma boa saúde mental e física durante toda a sua vida. 

Portanto, é essencial que o ambiente no qual a criança esteja crescendo seja saudável, enriquecedor e sem nenhum tipo de violência.  

Em nenhum caso a violência contra qualquer criança se justifica, uma vez que esses pequenos cidadãos dependem dos pais, de seus familiares ou, ainda, do poder público e da sociedade. 

Lembre-se: a omissão também é uma forma de violência. Denuncie!  

Referências: 

https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=781

https://www.mpsc.mp.br

https://www.unicef.org

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/150violencia_crianca.html

https://www.eumeprotejo.com

https://sp.unifesp.br/epe/caec/noticias/violencia-na-primeira-infancia

Últimas Publicações

Veja Nossos Vídeos

O De Bem com a Vida é um portal dedicado a reunir e disseminar boas práticas para saúde, bem-estar e qualidade de vida. Por meio de cartilhas e conteúdo, a plataforma traz informações atualizadas sobre o setor – notícias, legislação, dicas e muito mais. Além de agregar os insights e novidades em alta, o portal é atualizado mensalmente com campanhas de saúde e conscientização. O objetivo é compartilhar conhecimento de forma clara e didática e contribuir para a educação da população.

Inscreva-se
e receba novos conteúdos

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Ler Mais

Política de Privacidade & Cookies