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O calor aumentou, o risco também

Enquanto você lê este texto, a radiação solar está atravessando janelas, refletindo no asfalto, chegando até você mesmo em dias nublados. O Brasil bateu recordes de temperatura em 2024, e isso não é apenas uma curiosidade do noticiário.

São 220 mil novos casos de câncer de pele por ano em nosso país. Isso significa que, a cada dia, cerca de 600 brasileiros recebem esse diagnóstico.

Mas aqui está uma boa notícia: o câncer de pele é altamente prevenível quando você sabe se proteger da forma certa.

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O sol que você precisa

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O sol que pode te prejudicar

Você precisa do sol. Ele é importante por diversos motivos.

Confira alguns:

Produção de vitamina D

Produção de vitamina D

A luz solar estimula a produção de vitamina D, essencial para a saúde dos ossos, músculos e para o bom funcionamento da imunidade. A falta dessa vitamina aumenta o risco de osteoporose, fraturas, diabetes e até doenças cardiovasculares.

Bem-estar mental

Bem-estar mental

A exposição moderada ao sol ajuda a equilibrar neurotransmissores ligados ao humor, reduz sintomas de depressão, melhora a qualidade do sono e pode auxiliar no controle de doenças de pele, como psoríase e dermatite seborreica.

Atenção ao excesso

Atenção ao excesso

Quando a exposição é prolongada e sem proteção, os riscos aumentam: maior chance de câncer de pele, queimaduras, manchas e envelhecimento precoce.

O risco está aumentando

O câncer de pele já é uma preocupação antiga. Mas, hoje, alguns fatores fazem com que a atenção precise ser ainda maior.

Camada de ozônio

Destruição da camada de ozônio

A camada de ozônio funciona como um “filtro solar natural”. No entanto, buracos nessa proteção só devem se fechar completamente em 2060. Um novo buraco no Ártico já permite a entrada de até 60% mais radiação nociva. Para cada 1% de ozônio perdido, o risco de câncer de pele pode crescer em até 4,6%.

Intensificação da radiação UV

Com temperaturas acima de 22 °C, a radiação ultravioleta se torna mais agressiva, aumentando de duas a três vezes a chance de queimaduras.

Intensificação da radiação UV
Poluição

Poluição

Nas grandes cidades, partículas invisíveis no ar penetram na pele e potencializam os efeitos da radiação solar, causando um impacto combinado ainda mais prejudicial.

Um dado importante

Mesmo diante desses riscos, não é preciso entrar em pânico: quando detectado no início, o câncer de pele tem 90% de chance de cura. A chave está na prevenção e no acompanhamento regular.

90%

Proteção diária

Proteção diária

Muita gente ainda associa o uso do protetor solar apenas a momentos de lazer, como praia, piscina ou parques. Mas o sol está presente em todas as situações do dia a dia, assim como os riscos.

O trajeto até o trabalho, passear com o cachorro, almoçar ao ar livre ou até lavar o quintal são atividades simples que já expõem a pele à radiação. Por isso, a proteção precisa ser constante.

Como se proteger do câncer de pele da maneira correta

O protetor solar é indispensável. Mas, sozinho, não garante proteção completa. É importante combiná-lo com outros cuidados para que sua pele fique realmente segura.

Protetor solar

Protetor solar

O protetor solar cria uma barreira contra a radiação ultravioleta, ajudando a prevenir queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele. O Fator de Proteção Solar (FPS) indica quanto tempo sua pele levaria para ficar vermelha em comparação a quando não está protegida. Por exemplo: com FPS 30, sua pele demora 30 vezes mais para sofrer queimaduras.

Importante: o FPS mede apenas a proteção contra os raios UVB. Por isso, escolha sempre produtos que indiquem proteção UVA e UVB.

Como aplicar corretamente

Passe o protetor cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplique a cada 2 horas ou antes, em caso de suor excessivo, mar ou piscina. Além disso, use a quantidade certa:

  • Rosto e pescoço: 1 colher de chá.
  • Tronco: 1 colher de sopa na frente e outra nas costas.
  • Braços: 1 colher de sopa para os dois.
  • Pernas: 1 colher de sopa para ambas.

Não se esqueça de áreas sensíveis como orelhas, pés, mãos e couro cabeludo.

Roupas com proteção UV

Roupas com proteção UV

Uma das formas mais eficazes de se proteger é usar roupas com tecido que bloqueia a radiação ultravioleta. Diferente do protetor solar, essa proteção não sai com suor ou água. Para melhores resultados, prefira tecidos mais escuros, de mangas longas e que não sejam muito justos.

Chapéus

Chapéus

Chapéus de aba larga (a partir de 8 cm) ajudam a proteger áreas muito expostas, como rosto, pescoço, orelhas, couro cabeludo e região ao redor dos olhos.

Óculos de sol

Óculos de sol

Além de proteger a visão, os óculos preservam a pele fina ao redor dos olhos, prevenindo rugas e câncer de pele nessa região delicada. Mas atenção: escolha sempre modelos de qualidade, com proteção UV certificada.

E a sombra?

E a sombra?

Ficar na sombra reduz a exposição direta, mas não elimina os riscos. Raios UV refletem na água, areia, concreto e até atravessam folhas. Por isso, mesmo na sombra, continue usando protetor solar.

Câmaras de bronzeamento: um risco desnecessário

Você sabia que o bronzeamento artificial é proibido no Brasil desde 2009? A decisão da Anvisa foi baseada na classificação da radiação ultravioleta (UV) como cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as câmaras de bronzeamento emitem radiação ainda mais intensa que a do sol natural, aumentando os riscos de câncer de pele, envelhecimento precoce e manchas permanentes.

Para se ter uma ideia, uma única sessão já eleva o risco de câncer de pele. E o uso antes dos 35 anos pode aumentar em até 75% as chances de desenvolver melanoma, o tipo mais agressivo da doença.

Exclamação

Vale lembrar: O bronzeado nada mais é do que um sinal de que sua pele está tentando se defender contra uma agressão. E pele saudável não precisa se defender.

Se a sua vontade é manter o tom dourado, existem alternativas seguras recomendadas pela SBD:

Autobronzeadores

Cremes que oferecem cor temporária e saem com a lavagem.

Bronzeamento a jato (jet bronze)

Aplicação de substâncias que deixam a pele mais corada. O efeito dura mais que o dos autobronzeadores, mas também desaparece com o tempo.

Atenção

Importante: em qualquer opção de bronzeamento, o uso do protetor solar continua sendo indispensável.

Sintomas do câncer de pele: ouça o que sua pele está falando

O câncer de pele pode se parecer com pintas, manchas ou feridas comuns. Por isso, é fundamental conhecer sua pele e realizar o autoexame regularmente. Esse hábito pode ajudar a identificar sinais precoces de que algo não vai bem.

Como realizar o autoexame

Use um espelho

Examine todo o corpo, incluindo couro cabeludo, solas dos pés e espaços entre os dedos

Use um espelho

Use espelhos para observar áreas de difícil acesso

Use um espelho

Fotografe lesões suspeitas para acompanhar mudanças

Use um espelho

Peça ajuda a alguém de confiança para verificar costas e nuca

O que observar

O que observar

Embora só o dermatologista ou uma biópsia possa confirmar o câncer de pele, alguns sinais de alerta merecem atenção:

  • Feridas ou lesões elevadas, brilhantes, avermelhadas ou com várias cores, que sangram com facilidade
  • Pintas que mudam de cor, ficam irregulares, crescem ou mudam de textura
  • Manchas ou feridas que não cicatrizam, aumentam de tamanho ou causam coceira, crostas ou sangramento
Exclamação

Em estágios mais avançados, podem aparecer sintomas como caroços na pele, gânglios inchados, falta de ar, tosse persistente, dores na barriga ou dores de cabeça.

Regra do ABCDE

A Regra do ABCDE é uma forma prática recomendada por dermatologistas para identificar sinais suspeitos de câncer de pele, como carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma. Observe:

A

Assimetria

Uma pinta saudável costuma ser arredondada e igual em ambos os lados. Se você dividir a lesão ao meio e notar que as metades são diferentes, isso pode ser um sinal de alerta.

B

Bordas irregulares

Lesões comuns têm contorno liso e bem definido. Já sinais de câncer de pele podem apresentar bordas serrilhadas, desfocadas ou mal delimitadas.

C

Cor variável

Pintas normais geralmente têm uma única cor uniforme. Alterações suspeitas podem ter várias tonalidades ao mesmo tempo, como preto, castanho, branco, vermelho ou até azul.

D

Diâmetro

A maioria das pintas benignas é pequena. Quando uma lesão tem mais de 6 milímetros (aproximadamente o tamanho da borracha de um lápis), merece atenção e acompanhamento.

E

Evolução

Mudanças ao longo do tempo são um dos principais sinais de alerta. Crescimento rápido, alteração de cor, coceira, sangramento ou mudança de formato devem ser avaliados por um dermatologista.

Dezembro Laranja: conscientização que salva vidas

A campanha Dezembro Laranja nasceu para reforçar um alerta importante: o câncer de pele é uma das poucas formas de câncer que pode ser

Ainda assim, milhares de pessoas morrem todos os anos não pela falta de tratamento, mas pela ausência de prevenção e diagnóstico precoce.

O calor aumentou e, com ele, os riscos também. Mas a boa notícia é que, com informação e proteção diária, você pode cuidar da sua pele e preservar sua saúde ao longo da vida.

Não esqueça: cada pele tem suas particularidades. Por isso, consulte sempre um dermatologista, que poderá indicar os cuidados mais adequados para o seu perfil e fatores de risco.

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Acesse o cartaz e o fundo de tela do Dezembro Laranja e ajude a compartilhar essa mensagem de proteção e cuidado com a pele.

Responsável Técnico:

Dr. Claudio Albuquerque

Diretor Executivo de Gestão de Saúde da MDS Brasil

CRM 188683

Saiba mais
Dr. Claudio Albuquerque
Referências
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  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomenda nenhum tipo de bronzeamento. SBD, 13 nov. 2024. Disponível em: https://www.sbd.org.br/sociedade-brasileira-de-dermatologia-nao-recomenda-nenhum-tipo-de-bronzeamento/. Acesso em: 18 set.
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