Não caia na
#ArmadilhaDigital

Deixar de viver tanto tempo em frente às telas pode melhorar sua saúde mental e ajudar você a realizar suas resoluções de ano novo.

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Cuidados com a saúde mental

Dizem que um novo ano é uma tela em branco, aberta para todas as possibilidades e metas que conseguirmos desenhar. E é justamente por causa dessa analogia que foi criada a campanha do Janeiro Branco, voltada para os cuidados com a saúde mental e prevenção de doenças como ansiedade, depressão e pânico.

Ainda que não seja possível negar os benefícios que televisões, computadores e smartphones nos trazem – como acesso quase ilimitado à informação, entretenimento e facilidade na comunicação, além de desenvolvimentos tecnológico e socioeconômico –, ultimamente são essas as telas que vêm tomando conta da vida das pessoas, e o contato excessivo traz à tona problemas na saúde física e emocional das pessoas.

Por isso, vale a pena se aprofundar no assunto para não cair na armadilha digital!

As telas e
os números

+9 horas
por dia

#Internet e
redes sociais

Segundo a plataforma DataReportal, o número de usuários das redes sociais continua crescendo no mundo (subiu 5,6% em relação ao ano passado). No Brasil, a média de uso da internet por pessoa é de 9 horas e 13 minutos por dia – sendo a maior parte (97%) desse tempo nas redes sociais. Esses números colocam o país em segundo lugar do ranking mundial de uso da internet.

#Televisão
e streaming

Quando o assunto é televisão, o cenário não é muito diferente: o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de tempo gasto assistindo ao aparelho. Em média, são 4 horas diárias em frente à tela da TV, sendo que 20% desse tempo é gasto com serviços de streaming, como Netflix e Prime Video.

#Games

Seja pelo computador, pelo console ou pelo celular, o mundo dos games é populado por milhões de pessoas. Segundo a Pesquisa Game Brasil, cerca de 74% dos brasileiros afirmam jogar algum jogo digital.

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Será que é normal?

É preciso se perguntar: qual atividade longe dela ocupa tanto o seu tempo? Provavelmente, a resposta será "nenhuma".

Perguntas rápidas: quantas horas você consegue ficar sem checar seu telefone? Ou ainda: quanto tempo você consegue ficar longe do seu telefone? Isso te causa ansiedade?

O nome é
nomofobia

De acordo com o dicionário Michaelis, o termo nomofobia se deriva do inglês: No (não) mo (mobile/celular) pho (fone) phobia (fobia).

Ou seja, refere-se ao medo mórbido de ficar sem celular e, em decorrência disso, incomunicável com o mundo. Esse tipo de fobia pode provocar dor de cabeça, falta de ar, ansiedade e taquicardia.

Um estudo da National Library of Medicine, dos Estados Unidos, definiu a nomofobia como uma ameça à saúde física, mental e social das pessoas, e alerta para a possibilidade de uma epidemia de saúde pública.

Alerta!

Como se trata de um fenômeno recente, ainda não há um consenso a respeito das causas, mas sabe-se que é um distúrbio causado por múltiplos fatores: sociais, funcionais, orgânicos e de saúde. Sabe-se também que o vício em redes sociais também contribuiu para esse tipo de fobia.

Como o cérebro se vicia

Nosso cérebro produz substâncias, chamadas de neurotransmissores, que transmitem informações entre os neurônios e são responsáveis por regular atividades como apetite, sono e humor. A dopamina e a serotonina, por exemplo, causam sensação de bem-estar.

Quando o cérebro identifica uma situação como “boa”, isso gera um estímulo positivo para que essa situação se repita. É o que os psicólogos comportamentalistas chamam de "reforço positivo".

Nas redes sociais, curtidas, comentários e atualizações dos feeds funcionam como reforços positivos constantes, o que explica a necessidade das pessoas de checarem seus telefones constantemente e a dependência do aparelho.

Será que é
dependência?

Por se tratar de um distúrbio multifatorial, o diagnóstico de dependência leva em conta uma série de situações e só pode ser feito por um profissional de saúde e/ou psicólogo.

Alerta!

Conheça alguns fatores que podem indicar dependência das telas – seja você ou alguém que você conhece:

Passar muito tempo sozinho com o computador ou smartphone com frequência
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Passar frequentemente muito tempo sozinho com o computador ou smartphone

Ficar na defensiva quando confrontado sobre esse comportamento
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Ficar na defensiva quando confrontado sobre esse comportamento

Preferir passar mais tempo na internet a estar com outras pessoas
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Preferir passar mais tempo na internet a estar com outras pessoas

Perder o interesse em atividades que costumavam ser importantes, como hobbies, sair com amigos, praticar esportes, trabalhar etc.
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Perder o interesse em atividades que costumavam ser importantes, como hobbies, sair com amigos, praticar esportes, trabalhar etc.

Demonstrar isolamento, mau humor ou irritabilidade
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Demonstrar isolamento, mau humor ou irritabilidade

Esconder o celular ou minimizar a tela quando alguém chega
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Esconder o celular ou minimizar a tela quando alguém chega

Esconder o celular ou minimizar a tela quando alguém chega
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Demonstrar sinais de impacto na vida profissional, escolar ou doméstico (baixo desempenho no trabalho, notas baixas ou tarefas da casa que estão sempre atrasadas)

Os efeitos do
excesso

Piora na saúde mental

Piora na saúde mental

Além da nomofobia, o uso excessivo do celular pode piorar quadros de estresse, depressão e ansiedade em diferentes gerações.

Distúrbios do sono

Distúrbios do sono

As telas estimulam o cérebro na hora de dormir e ainda emitem a luminosidade que prejudica a liberação da melatonina (o hormônio do sono).

Distúrbios de autoestima

Distúrbios de autoestima

As redes sociais podem impactar de forma negativa na autoimagem corporal, gerando insatisfação e prejudicando a autoestima dos usuários.

Dores na cervical

Dores na cervical

Manter o pescoço inclinado para baixo enquanto usa o celular sobrecarrega a musculatura e as articulações, podendo ocasionar dores na nuca, ombro e dorso.

E mais:

Celular ao volante

Celular ao volante

Os condutores que usam celulares enquanto dirigem têm cerca de 4 vezes mais chances de estarem envolvidos em um acidente.

Telas para
crianças e
adolescentes

Fora os impactos das telas na atividade cerebral dos bebês e crianças, a exposição prolongada às telas também pode prejudicar a formação dos olhos de bebês e crianças.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda adiar ao máximo o uso de telas por bebês e crianças (seja do celular ou da televisão) e limitar os tempos de exposição conforme abaixo:

De 0 a 2 anos de idade

De 0 a 2 anos de idade

sem telas (mesmo que passivamente)

SDe 2 a 5 anos de idade

De 2 a 5 anos de idade

uma hora por dia, com supervisão dos pais ou responsáveis

De 6 a 10 anos

De 6 a 10 anos

uma a duas horas por dia, no máximo, e sempre com supervisão

Adolescentes (11 a 18 anos)

Adolescentes (11 a 18 anos)

de duas a três horas por dia, e nunca deixar “virar a noite”

É possível sair da
armadilha?

Se você se identifica com as situações que trouxemos e quer sair da armadilha digital, siga nossas dicas:

Evitar levar o celular para o quarto na hora de dormir

Saiba mais

Usar aplicativos que limitam o tempo de uso de aplicativos

Saiba mais

Praticar atividades físicas (de preferência, ao ar livre)

Saiba mais

Encontrar familiares e amigos pessoalmente sempre que possível

Saiba mais

Ler livros e revistas impressos

Saiba mais

Realizar atividades manuais (artesanato, culinária, música)

Saiba mais

Fazer anotações à mão, como números de telefone e listas de compras

Saiba mais

Buscar ajuda profissional se os sintomas se agravarem

Saiba mais

Aproveite o Janeiro Branco para repensar sua relação com as telas em geral. Com equilíbrio e informação, é possível usá-las da melhor forma, mantendo a saúde física e mental durante o ano todo.

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Responsável Técnico:
Dr. Claudio Albuquerque
Diretor Médico da MDS Brasil
CRM 188683


Fontes:
Abranet
DataReportal
Instituto de Psicologia da USP
National Library of Medicine
UFSM
Center for Internet & Technology Addiction
UFMG
Instituto do Sono
Universidade de São Paulo
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
OMS