Aumento nos casos de dengue: conheça os cuidados necessários na prevenção  

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Aumento nos casos de dengue: conheça os cuidados necessários na prevenção  

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O verão, com suas altas temperaturas e grande incidência de chuvas em quase todo o país, é a estação mais propícia para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Neste ano, o recorde de calor e chuvas veio acompanhado de más notícias: de acordo com dados do Ministério da Saúde, só nas primeiras quatro semanas de 2024, foram registrados 3,7 vezes mais casos que no mesmo período do ano passado, principalmente em estados do sul, sudeste e centro-oeste. 

O aumento de casos coincide com a disponibilização da primeira vacina contra a doença pelo SUS, o que torna o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer esse benefício. Nesta primeira fase estima-se que cerca de 700 mil crianças com idades entre 10 e 14 anos sejam beneficiadas com duas doses do imunizante, em 521 municípios (todos têm mais de 100 mil habitantes e registraram alto índice de transmissão e um elevado número de casos em 2023 e 2024). 

As crianças são foco do programa do Ministério da Saúde por representarem o recorte populacional com maior número de hospitalizações. Clínicas particulares, hospitais e farmácias também oferecem a vacina para pessoas entre 4 e 60 anos, sempre com prescrição médica. 

Apesar de uma ótima aliada no combate à dengue, a vacinação não pode ser encarada como a resposta definitiva para a epidemia, visto que a prevenção depende, e muito, da ação popular. 

Prevenção 

O vírus da dengue pertence à família dos flavivírus e é classificado como um arbovírus (vírus transmitido por picada de mosquitos). Assim como a Chikungunya e o Zika, a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e não é contagiosa. 

Até hoje, foram identificados quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo os tipos 2 e 3 os mais graves. Todos os quatro sorotipos podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais. Deve-se levar em consideração três aspectos: 

  1. Todos os quatro sorotipos podem levar ao dengue grave na primeira infecção, porém com maior frequência após a segunda ou terceira; 
  1. Em alguns casos, a pessoa pode ser exposta à picada infectante do mosquito Aedes aegypti mas não apresentar a doença (o que chamamos de infecção subclínica), embora fiquem imunes ao sorotipo com o qual se infectaram; isso ocorre com 20% a 50% das pessoas infectadas; 
  1. A segunda infecção por qualquer sorotipo é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua sequência.  

Por isso, evitar a proliferação do Aedes aegypti, continua sendo uma medida vital, que deve ser adotada em todo o país, independentemente da época do ano e do número de casos locais. A melhor forma de combate à dengue é se atentar a recipientes que podem se tornar criadouros de larvas do mosquito transmissor, como vasos de planta, pneus, garrafas e potes e piscinas sem uso. 

Aqui vão algumas dicas para ajudar na eliminação dos criadouros: 

  • Receba sempre os agentes de saúde e oriente familiares e amigos a fazerem o mesmo; 
  • Mantenha a caixa d’água bem fechada; 
  • Amarre bem os sacos de lixo, e leve-os para rua somente no dia da coleta; 
  • Coloque areia nos pratos sob os vasos de planta; 
  • Armazene pneus em locais fechados; 
  • Limpe bem as calhas do telhado; 
  • Não acumule sucata e entulho; 
  • Esvazie garrafas, potes e vasos e deixe-os com a boca virada para baixo. 

Pessoas que moram próximas a terrenos e casas não ocupadas podem acionar a prefeitura caso desconfiem de um possível foco do mosquito. 

Como identificar os sintomas 

A dengue é uma doença infecciosa febril de início agudo, ou seja, começa com uma febre alta que pode chegar a 40º. Na maior parte dos casos, é acompanhada de dores de cabeça, dores no corpo, erupções cutâneas, cansaço, náusea e vômito. Em alguns casos, é possível identificar sangramento nasal ou nas gengivas. Atenção: dores abdominais intensas com vômitos persistentes podem sugerir a ocorrência de dengue hemorrágica, um quadro grave que necessita de imediata atenção médica. 

A gravidade da doença está relacionada a fatores como o tipo de vírus envolvido, a presença de infecção prévia ou mesmo comorbidades como diabetes, asma brônquica, anemia falciforme, entre outros. Além de crianças, idosos costumam ter mais complicações. 

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença. 

Como tratar? 

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casos suspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamento médico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme a avaliação clínica. 

A hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, é a medicação fundamental e está indicada, em abundância, para todos os casos. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como aspirina e AAS, pois eles aumentam o risco de hemorragias. Além disso, qualquer forma de automedicação pode representar riscos para o paciente e, portanto, é sempre recomendado se atentar às orientações médicas.

Fontes: 

O verão, com suas altas temperaturas e grande incidência de chuvas em quase todo o país, é a estação mais propícia para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Neste ano, o recorde de calor e chuvas veio acompanhado de más notícias: de acordo com dados do Ministério da Saúde, só nas primeiras quatro semanas de 2024, foram registrados 3,7 vezes mais casos que no mesmo período do ano passado, principalmente em estados do sul, sudeste e centro-oeste. 

O aumento de casos coincide com a disponibilização da primeira vacina contra a doença pelo SUS, o que torna o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer esse benefício. Nesta primeira fase estima-se que cerca de 700 mil crianças com idades entre 10 e 14 anos sejam beneficiadas com duas doses do imunizante, em 521 municípios (todos têm mais de 100 mil habitantes e registraram alto índice de transmissão e um elevado número de casos em 2023 e 2024). 

As crianças são foco do programa do Ministério da Saúde por representarem o recorte populacional com maior número de hospitalizações. Clínicas particulares, hospitais e farmácias também oferecem a vacina para pessoas entre 4 e 60 anos, sempre com prescrição médica. 

Apesar de uma ótima aliada no combate à dengue, a vacinação não pode ser encarada como a resposta definitiva para a epidemia, visto que a prevenção depende, e muito, da ação popular. 

Prevenção 

O vírus da dengue pertence à família dos flavivírus e é classificado como um arbovírus (vírus transmitido por picada de mosquitos). Assim como a Chikungunya e o Zika, a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e não é contagiosa. 

Até hoje, foram identificados quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo os tipos 2 e 3 os mais graves. Todos os quatro sorotipos podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais. Deve-se levar em consideração três aspectos: 

  1. Todos os quatro sorotipos podem levar ao dengue grave na primeira infecção, porém com maior frequência após a segunda ou terceira; 
  1. Em alguns casos, a pessoa pode ser exposta à picada infectante do mosquito Aedes aegypti mas não apresentar a doença (o que chamamos de infecção subclínica), embora fiquem imunes ao sorotipo com o qual se infectaram; isso ocorre com 20% a 50% das pessoas infectadas; 
  1. A segunda infecção por qualquer sorotipo é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua sequência.  

Por isso, evitar a proliferação do Aedes aegypti, continua sendo uma medida vital, que deve ser adotada em todo o país, independentemente da época do ano e do número de casos locais. A melhor forma de combate à dengue é se atentar a recipientes que podem se tornar criadouros de larvas do mosquito transmissor, como vasos de planta, pneus, garrafas e potes e piscinas sem uso. 

Aqui vão algumas dicas para ajudar na eliminação dos criadouros: 

  • Receba sempre os agentes de saúde e oriente familiares e amigos a fazerem o mesmo; 
  • Mantenha a caixa d’água bem fechada; 
  • Amarre bem os sacos de lixo, e leve-os para rua somente no dia da coleta; 
  • Coloque areia nos pratos sob os vasos de planta; 
  • Armazene pneus em locais fechados; 
  • Limpe bem as calhas do telhado; 
  • Não acumule sucata e entulho; 
  • Esvazie garrafas, potes e vasos e deixe-os com a boca virada para baixo. 

Pessoas que moram próximas a terrenos e casas não ocupadas podem acionar a prefeitura caso desconfiem de um possível foco do mosquito. 

Como identificar os sintomas 

A dengue é uma doença infecciosa febril de início agudo, ou seja, começa com uma febre alta que pode chegar a 40º. Na maior parte dos casos, é acompanhada de dores de cabeça, dores no corpo, erupções cutâneas, cansaço, náusea e vômito. Em alguns casos, é possível identificar sangramento nasal ou nas gengivas. Atenção: dores abdominais intensas com vômitos persistentes podem sugerir a ocorrência de dengue hemorrágica, um quadro grave que necessita de imediata atenção médica. 

A gravidade da doença está relacionada a fatores como o tipo de vírus envolvido, a presença de infecção prévia ou mesmo comorbidades como diabetes, asma brônquica, anemia falciforme, entre outros. Além de crianças, idosos costumam ter mais complicações. 

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença. 

Como tratar? 

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casos suspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamento médico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme a avaliação clínica. 

A hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, é a medicação fundamental e está indicada, em abundância, para todos os casos. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e anti-inflamatórios, como aspirina e AAS, pois eles aumentam o risco de hemorragias. Além disso, qualquer forma de automedicação pode representar riscos para o paciente e, portanto, é sempre recomendado se atentar às orientações médicas.

Fontes: 

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