De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), a estimativa é de que sejam registrados mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2023.
Além disso, conforme dados da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) de 2022, cerca de 54% das mulheres acabam subestimando a importância da mamografia.
Sendo assim, falar sobre esse assunto é fundamental para aumentar cada vez mais a conscientização sobre a importância do autocuidado, do autoexame e da mamografia, para que uma eventual doença seja diagnosticada precocemente.
É justamente para isso que foi criada a campanha do Outubro Rosa, que existe tanto no Brasil quanto em outros países, promovendo informação sobre o câncer de mama.
Veja mais sobre essa campanha neste conteúdo e entenda a importância do diagnóstico precoce.
Aproveite a leitura!
A campanha Outubro Rosa
A campanha Outubro Rosa foi criada no começo da década de 1990, quando foi desenvolvido também o símbolo que é utilizado até hoje, o laço na cor rosa.
Essa mobilização teve início nos EUA, sendo promovida pela Fundação Susan G Komen for the Cure, com a distribuição dos laços na primeira edição da Corrida pela Cura, em Nova York.
A partir disso, a campanha se estendeu a diversos países ao redor do mundo, com o objetivo de reduzir as taxas de incidência e de mortalidade da doença por meio de informação de qualidade e conscientização.
Por meio do Outubro Rosa, é possível divulgar com maior visibilidade as recomendações que o Ministério da Saúde realiza em relação ao diagnóstico precoce do câncer de mama.
Além disso, mais recentemente, foi incorporada à campanha a conscientização em relação ao câncer de colo de útero, que também tem altas taxas de cura quando descoberto nos estágios iniciais.
A importância do diagnóstico precoce da doença
Se o câncer de mama for diagnosticado precocemente, as chances de cura são altíssimas, até 95% dos casos, conforme a FEMAMA.
Por isso a campanha do Outubro Rosa é tão fundamental, pois leva informação às mulheres, ou seja, uma oportunidade de aumentar o diagnóstico precoce e, consequentemente, reduzir a mortalidade.
Como fazer o diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce passa por diferentes momentos. Primeiramente, é fundamental que a mulher faça o autoexame frequentemente.
Ou seja, ela deve analisar e tocar as mamas e axilas para verificar a presença de qualquer alteração, nódulo ou de aspecto, apresentando dor ou não.
Além do surgimento de nódulo, também são sinais de câncer a pele da mama com aparência de casca de laranja e a saída involuntária de líquido de uma das mamas, por exemplo.
Com o autoexame vem a mamografia, que é o exame de imagem da mama que consegue detectar a presença de câncer mesmo se o tumor estiver bem no início do seu desenvolvimento.
Sem sintomas ou sinais da doença, é indicado que a mulher faça a mamografia de rastreamento entre os 50 e 69 anos, com intervalo de 2 anos. Essa é a recomendação tanto do Ministério da Saúde quanto da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Caso a mamografia indique algum sinal suspeito, a confirmação do diagnóstico é feita por meio de exame laboratorial, chamado de histopatológico, que faz a análise de uma pequena amostra da lesão retirada da paciente (biópsia).
Então, aproveite o Outubro Rosa para se informar e também para incluir o autoexame na sua rotina, esteja sempre atenta aos sinais e à necessidade da mamografia.
Porém, lembre-se: não espere o mês de outubro para exercer seu autocuidado. O diagnóstico precoce e a divulgação de informação devem acontecer durante o ano todo!
Escute também o episódio do MDSCAST sobre o tema:
Confira o episódio na íntegra, disponível no YouTube e Spotify.
Conteúdo produzido pela equipe de Gestão de Saúde da MDS Brasil
Responsável Técnico: Claudio Albuquerque, Diretor Médico da MDS Brasil – CRM 188683