Asma: entenda mais sobre a doença e seus tratamentos

A asma afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora não tenha cura, ela pode ser controlada com os cuidados certos, permitindo uma vida ativa e saudável.

Se você ou alguém próximo tem asma, entender a doença e saber como agir em diferentes situações pode fazer toda a diferença para melhorar a qualidade de vida.

Confira agora mesmo os principais pontos sobre a asma, seus sintomas, tratamentos e cuidados necessários para manter a saúde respiratória em dia!

O que é asma?

A asma é uma condição respiratória crônica que dificulta a passagem do ar para os pulmões, tornando a respiração mais difícil. Isso acontece porque os brônquios — pequenos canais que levam o ar até os pulmões — podem ficar inflamados e mais sensíveis.

Nesses casos, os brônquios se contraem, reduzindo a passagem do ar, além de produzirem mais muco do que o normal. Esse acúmulo de secreção, somado ao estreitamento dos brônquios, torna a respiração ofegante e pode causar crises asmáticas.

Cada pessoa pode reagir de forma diferente à asma. Algumas sentem sintomas leves e ocasionais, enquanto outras podem ter crises mais intensas e frequentes.

No entanto, independentemente da gravidade, o diagnóstico e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações e até mesmo crises que coloquem a vida do asmático em risco.

Tipos de asma

A asma pode ser classificada de duas formas: pelo que causa a inflamação nos pulmões e pela gravidade dos sintomas. Entender essa diferença ajuda a escolher o tratamento mais adequado e a controlar melhor a doença no dia a dia. Confira:

  • Asma do tipo T2 (a mais comum) – ligada ao sistema imunológico, ocorre quando o corpo reage de forma exagerada a certos estímulos. Os principais desencadeantes são alergias a poeira, mofo, pólen, pelos de animais e ácaros. Dentro desse grupo, também existe a asma eosinofílica, que acontece quando há um aumento de células chamadas eosinófilos, tornando os brônquios ainda mais sensíveis e dificultando o controle da doença.
  • Asma do tipo não T2 – não está associada a alergias e pode ser mais difícil de tratar. Ela pode estar relacionada a fatores como obesidade ou ao aumento de outro tipo de célula de defesa, os neutrófilos, que também contribuem para a inflamação nos pulmões.

Quando falamos sobre a gravidade da asma, ela pode ser classificada em três níveis: leve, moderada e grave. Essa divisão é feita com base na frequência dos sintomas e na forma como o organismo responde ao tratamento. Quanto mais persistentes e difíceis de controlar forem os sintomas, maior a gravidade da doença.

Sintomas da asma

A asma pode se manifestar de maneiras diferentes formas e com intensidades variadas em cada pessoa. Porém, alguns sintomas são mais comuns e podem servir de alerta para a necessidade de acompanhamento médico e controle da doença. Veja:

  • Falta de ar (dispneia) – sensação de cansaço ou dificuldade para respirar, que pode surgir durante atividades físicas, ao falar por longos períodos ou mesmo em repouso, dependendo da gravidade do quadro.
  • Tosse persistente – pode ser seca ou produtiva (com catarro) e tende a se agravar à noite ou nas primeiras horas da manhã. Em algumas pessoas, a tosse pode ser o único sintoma da asma, especialmente em crianças.
  • Chiado no peito – um som semelhante a um apito ou assobio durante a respiração, causado pela passagem do ar por vias aéreas estreitadas.
  • Sensação de aperto no peito – muitas vezes descrita como um peso ou pressão sobre o tórax, podendo ser mais intensa ao acordar, especialmente em casos de asma noturna.

Tratamentos para asma

Como a asma pode variar de pessoa para pessoa, o tratamento precisa ser individualizado e ajustado conforme a necessidade, sempre com a orientação de um médico. Entre os principais tipos de tratamento, podemos citar:

  • Medicações controladoras (manutenção) – são usadas todos os dias, mesmo em a presença de sintomas. Elas ajudam a reduzir a inflamação dos brônquios, prevenindo crises e protegendo a capacidade pulmonar a longo prazo. Os corticoides inalatórios são os mais comuns nesse grupo.
  • Medicações de alívio (resgate) – este tipo é usado apenas quando há sintomas de piora na respiração. Os broncodilatadores de curta ação, muitas vezes chamados de “bombinha”, ajudam a abrir os brônquios rapidamente, aliviando a falta de ar e o chiado no peito.

O segredo para o sucesso do tratamento é o uso regular dos medicamentos controladores, pois eles evitam a piora da asma e reduzem a necessidade das medicações de alívio.

O que fazer durante as crises?

Uma crise de asma pode ser assustadora, mas manter a calma e agir corretamente pode fazer toda a diferença. Veja como ajudar:

  1. Encontre uma posição confortável – sente-se e incline-se levemente para frente, apoiando os cotovelos sobre uma mesa ou cadeira. Isso ajuda a facilitar a respiração. Evite esforços físicos, pois eles podem piorar a falta de ar.
  2. Use sua bombinha de asma (se disponível) – se você tem a bombinha por perto, use-a conforme a recomendação médica. Aguarde alguns minutos e observe se há melhora.
  3. Busque ajuda se os sintomas não melhorarem – ligue para o 192 (SAMU) se a crise for intensa, se você não conseguir falar ou se os sintomas persistirem mesmo após o uso da bombinha. Se sentir que está piorando, peça ajuda a alguém próximo.
  4. Se a bombinha não estiver acessível – fique o mais calmo possível e concentre-se em respirar devagar: inspire pelo nariz e solte o ar pela boca. Afrouxe roupas apertadas para facilitar a respiração e evite fazer movimentos bruscos até que a ajuda chegue.

Saber como agir durante uma crise é fundamental para sua segurança. Sempre mantenha sua bombinha por perto e siga seu tratamento corretamente para reduzir o risco de crises. Se necessário, converse com seu médico sobre estratégias para manter sua asma sob controle e evitar emergências.

Autocuidados para asma

Cuidar da sua asma vai além do tratamento médico e pequenas mudanças no dia a dia podem ajudar a reduzir os sintomas e evitar crises. Veja algumas ações simples que fazem a diferença para sua saúde respiratória:

  • Evite os gatilhos que desencadeiam crises – cada pessoa reage de forma diferente a certos fatores, como poeira, mofo, fumaça, pelos de animais ou cheiros fortes. Identificar e evitar esses gatilhos ajuda a manter a respiração tranquila.
  • Mantenha-se hidratado – beber bastante água ajuda a manter o muco mais fluido, facilitando a respiração e evitando aquela sensação de vias aéreas congestionadas.
  • Escolha bem os alimentos – uma alimentação equilibrada faz bem para a saúde como um todo, incluindo os pulmões. Evitar frituras e excesso de açúcar pode ajudar a reduzir a produção de muco e melhorar a respiração.
  • Cuide da qualidade do ar onde você vive – ambientes limpos e bem ventilados fazem toda a diferença para quem tem asma. Troque ou limpe os filtros do ar-condicionado e evite acúmulo de poeira em cortinas, tapetes e móveis.
  • Mantenha a casa livre de poeira – a poeira pode ser um grande gatilho para crises asmáticas. Criar o hábito de limpar regularmente superfícies e objetos que acumulam poeira pode ajudar muito. Se possível, prefira um aspirador de pó ao invés de vassouras, que espalham partículas pelo ar.
  • Evite fragrâncias fortes – perfumes, desodorantes aerossóis e produtos de limpeza muito perfumados podem irritar os pulmões. Se puder, prefira versões neutras para evitar desconforto respiratório.
  • Exercite-se de forma segura – a prática de atividades físicas fortalece os pulmões e traz muitos benefícios, mas se sua asma for desencadeada por esforço, converse com seu médico para escolher a melhor atividade para você. Faça um bom aquecimento e, se necessário, use sua medicação preventiva antes dos treinos.
  • Proteja-se da fumaça do cigarro – a fumaça do cigarro pode piorar muito os sintomas da asma. Evite fumar e procure se afastar de ambientes onde há exposição à fumaça para proteger sua respiração.

No dia 6 de maio, acontece o Dia Mundial de Combate à Asma, um momento importante para reforçar a conscientização sobre o impacto dessa condição e a importância do diagnóstico, tratamento e controle adequado.

Essa data nos lembra que respirar bem é essencial e que, com os cuidados certos, é possível viver com mais liberdade, segurança e qualidade de vida.

Além de manter seu acompanhamento médico e seguir o tratamento indicado, aproveite esse dia para compartilhar informações e ajudar mais pessoas a entenderem a asma, desmistificando a doença e incentivando a prevenção de crises.

Quanto mais pessoas souberem sobre a importância do controle da doença, mais vidas poderão ser protegidas. Respire fundo, cuide-se e espalhe esse conhecimento!

 

Referências:

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